domingo, 14 de fevereiro de 2010

Confissões de uma mente atormentada

O Carnaval começou assim: esquema de plantão surreal, propostas de mudanças e gripe.

No sábado meus pais ligaram:

Mãe: Palominha, advinha onde estou? No Farol da Barra, sentadinha na sombra, olhando pro marzão, esperando os trios começarem a passar.

- Só não xinguei pq fiquei feliz por ela ter saído de casa e estar se divertindo.

Pai (que finalmente deu notícias da África, para onde ele se mudou há uma semana): Oi filhinha, está tudo bem aqui, o lugar é lindo, o clima agradável e as pessoas ainda estão suportáveis.

E continuei sozinha na redação até não aguentar mais e partir para casa no meio da tarde, para terminar o trabalho de lá.

Não é legal trabalhar sozinha no Carnaval (apesar dos meus dois queridos plantonistas que trabalham online). Não é legal ficar doente e sozinha no Carnaval.

Acho que esse está sendo o mais solitário de todos desde que nasci (dramática? não!). Mas também faz parte de estar morando só, em SP, e de trabalhar nos feriados e finais de semana. Se não fosse isso, agora eu estaria no Rio ou no interior de Minas, pelos convites de pessoas queridas que recebi. Doente ou não, eu estaria.

Enfim, chega de mimimi... voltarei para as galerias das gostosas nas escolas de samba, dos famosos nos camarotes, das roupas das cantoras de axé e tudo sobre um carnaval que está bem longe de mim nesse momento. Tudo bem, nunca gostei mesmo.

Mentira.

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