sexta-feira, 2 de abril de 2010

"...no puede cambiar de pasión!"

Sei que não é novidade, que andei escrevendo pelos blogs da vida (os meus blogs da vida), que a beleza me emociona profundamente. Que sou capaz de chorar discretamente ou torrencialmente por tristezas, alegrias ou apenas pelo que me faz acreditar na capacidade do outro de produzir algo genial.

Assisti ao vencedor do Oscar 2010 na categoria de melhor filme estrangeiro "O Segredo dos Seus Olhos". É o tipo de filme que ainda hoje, quando penso em detalhes da trama, nas sutilezas usadas pelo diretor, nas atuações, sinto coisas. É, coisas. Porque em duas horas senti de tudo. Lá tinha drama, comédia, suspense, romance... tudo.

A história é boa. Isso já ajuda. Mas a forma como ela foi contada muda tudo. Sem recursos mirabolantes ou sei lá o quê. Os detalhes é que importam. Gosto desse tipo de quebra-cabeça. E gosto de me sentir muito esperta quando, por alguma frase dita, desvendo antes de ficar explícito o que acontece no final.

Campanella, que depois descobri ter dirigido episódios de dois seriados que gosto muito, Law and Order e House, ganhou todo o meu respeito. Ricardo Darín e Soledad Villamil me deixaram completamente apaixonada por ambos. Os olhares contidos e loucamente apaixonados, a dificuldade de comunicação para expressar um sentimento arrebatador e... os dois eram lindos.

Eu poderia escrever milhões de palavras aqui citando cenas, personagens, reviravoltas, movimentos de câmera (nem reparo muito nisso mas nesse filme dá vontade de falar)... mas prefiro ficar quieta. Já racionalizei e descrevi demais. Quero guardar as sensações e ir no cinema de novo, rever tudo de novo.

Gosto de ser provocada dessa maneira. Gosto muito de sentir essas "coisas" estimuladas pelo que não tem a ver comigo mas, mesmo assim, faz parte de mim. Dá pra entender?

3 comentários:

  1. assisti hoje:) achei sim um bom filme, mas para mim o mote "a única coisa que não se muda na vida é de paixão" foi, como diz martin, "forçar o cabelinho". Não me pegou não. Até porque o que eles chamam de paixão, eu chamaria talvez de obsessão. E acho que dá pra trocar de cachaça na vida sim, mesmo que seja por uma vodka, cerveja, vinho, sei lá :P

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  2. paixão e obsessão são muito parecidas, não? rs

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