terça-feira, 11 de maio de 2010

ssa . ba . br

Em casa.

Na casa que não é mais minha e que ao mesmo tempo sempre será.

No quarto modificado pela ausência mas que ainda guarda detalhes marcantes da minha antiga vida ali.

Em ruas familiares. Caminhos tortos. Passagens de tempo.

Sempre será assim?

Pouco paciente, critico cada movimento que ela faz no trânsito. Mas permito que ela brinque comigo como se eu fosse sua boneca de porcelana.

Ela pinta minha unhas para que fiquem iguais as dela. Me presenteia com uma medalha dos seus santos sempre repelidos para sua grande tristeza e decepção. Cedo aos apelos. Faço agrados. E durante quatro dias, levo sua religião no pescoço.

Mas conitnuo intolerante e pouco paciente. Cheguei assim.

Não consigo parar de pensar, por mais que queira, na vida fria londe daqui.

Penso nos problemas de trabalho e na reunião que me aguarda na sexta-feira; em como preciso organizar meu quarto; na festa que gostaria de dar na nova casa; nas contas para pagar; na viagem programada para o próximo mês; em quem deixei; em quem está por lá...

Penso demais. E forço o sono para conseguir descansar do peso de frases, listas e resoluções que não me deixam. Ainda não encontrei minha receita para o não pensar.

Procuro o mar. Procuro amigos. Procuro dendê. Procuro relaxar.

Procuro escrever um texto bonito relatando meu retorno à cidade que adoro, mas só consigo escrever esse monte de idéias soltas e tortas. Não fico satisfeita.

Se pudesse, deletaria tudo e começaria de novo. Mas não sinto que conseguiria retratar bem tudo o que sinto nesse momento. Às vezes é assim. As palavras me frustam... estou chata.

Quero sol. E sal.

3 comentários:

  1. deixa o vento da praia bater na cara e fecha os olhos. depois de uns segundos dá pra não pensar por mais uns segundos.

    (mas eu te entendo)


    :)

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  2. Oi moça
    Foi muito bom ter visto vc.
    Boa sorte aí na volta ao "mundo real".
    beijos

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