terça-feira, 29 de junho de 2010

Mais um

Cheirinho de novidade.

sábado, 26 de junho de 2010

Pensamentos

Sempre ouvi dizer que "peixe morre pela boca".

Sou de leão. Tenho poucas espinhas.

Mas a identificação foi imediata.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A minha Buenos Aires

Buenos Aires é uma cidade linda. Com cara de velha e moderna, meio européia meio latina.

Fiquei fascinada pelas árvores, mesmo sem folhas pelo outono, e pelas varandas. São poucos os prédios que não as têm.

Antes da viagem pedi indicações para vários amigos que conheciam a cidade. Agradeço imensamente aos que prontamente mandaram uma lista de lugares, comidinhas e aventuras.

Mas confesso que às vezes vale muito se desprender do "guia" e se deixar levar. Algumas das melhores coisas que fizemos por lá foram assim, meio no susto, descobrindo a cidade, fazendo programas óbvios de turista.

Para quem chega, vale logo no primeiro dia pegar o ônibus com "varanda em cima". O vimos em vários dias e, após uma olhadinha rápida no site http://www.buenosairesbus.com/ resolvemos ocupar assim o último dia da nossa viagem.

Por 70 pesos (uns 35 reais) vc ganha um passaporte com validade de 24h e pode subir, descer e pegar o próximo - eles saem a cada 40 minutos da calle florida no centro - indo em lugares fundamentais da cidade.

Isso que é legal, vc tem uma visão panorâmica dos principais bairros da cidade e pode decidir voltar depois e explorá-los com mais calma. Se você quiser ainda pode escutar explicações históricas dos lugares usando fones de ouvidos.

Show de tango, onde for, também é programa turistão (talvez como ver roda de capoeira no mercado modelo em Salvador), mas é muito divertido. Fomos abordados na rua por uma figura entregando panfletos e nos convidando para o espetáculo em um bar tradicionalíssimo em frente ao hotel. Acho que o nome era Billar 36 ou algo do tipo.

Enfim, com músicos tocando, cantor canastrão cantando, dançarinos fazendo belíssimas coreografias e até um apresentador com a cara de Alec Baldwin fazendo piadas, foi um programa divertido de se fazer.

Confesso que algumas coisas foram meio decepcionantes. Por exemplo, a feirinha de domingo em San Telmo é igual a da Benedito Calixto aqui em SP. Para mim, a diferença era o tango tocado e dançado ao vivo. Na Benedito é chorinho.

Lá comprei pôrteres de tango, cd's de tango e bonequinhos de cerâmica dançando tango. Fora isso, tudo igual.

Empanada é pastel de forno bem rechaedo. O tal sorvete de "dulce de leche" do Freddo é que nem doce de leite aviação com textura de sorvete. E a livraria El Ateneo é lindíssima, mas caótica com um acervo limitado; é bom ir pra babar, não esperando achar muitos livros.

Andar de táxi, comer e beber em Buenos Aires é absurdamente barato, fato. Mas comprar roupas, sapatos e bolsas nem tanto. Não sei se fui nos lugares errados, mas fora um casaco de couro, que comprei caro mas que aqui seria o triplo do preço, tudo o que comprei lá, comprei pq estava em promoção. Mesmo o peso sendo metade do real, na conversão das contas, dava o mesmo preço.

Ficamos hospedados em um hotel fofo chamado Mundial http://www.mundialhotel.com.ar/.

Velho, mas reformado, na Av. de Mayo, rua muito bem localizada no centro da cidade. Muitos indicaram o aluguel de apartamento mas pelos preços que pesquisamos, o hotel não foi tão mais caro e com as comididades de camareira todos os dias e um belo café da manhã. Ainda ficamos com um quarto imenso feito para quatro pessoas, com varada.

Porto Madero é um lugar bem estranho, sem "alma" como alguns porteños definem. Concordo. Nem tive vontade de entrar nos restaurantes. O legal mesmo, é o Casino.

Sim, um Casino de verdade, que eu só percebi mesmo que era sério quando Rodrigo levou puxões de orelha por mexer em fichinhas depois de tê-las depositado no lugar determinado da mesa enquanto perdia o dinheiro no black jack.

Eu até ganhei uns pesitos na roleta, dividindo espaço com um japonês com cara de mafioso e um gordinho com cara de viciado em jogatina. Eles enchiam os números com suas fichinhas, com uma naturalidade de quem é sócio do lugar.

Que mais? Conheçam Palermo e Recoleta que são bairros chiques e lindos (principalmente uma rua em Palermos onde ficam algumas embaixadas que é deslumbrante), andem muito pelo centro, comam muita carne, bebam muito vinho e se entupam de alfajor.

Sobre alfajor, recomendo degustação de todos os tipos que vocês encontrarem pelas ruas. São vários.

Em Buenos Aires existe wi-fi em qualquer lugar. Em qualquer boteco onde vc páre na cidade. Fiquei impressionada. Pq realmente éramos atraídos para os lugares mais toscos e, mesmo assim, eles ofereciam internet sem fio.

Por falar em botecos, bares e café, descobrimos que existem hábitos estranhos por lá. Eles colocam bolacha cream cracker com queijo (sem manteiga) no cardápio e vendem. Sério. Acho que chamam de "tapitas". Às vezes pedíamos coisas só pelo fator surpresa. Essa foi uma delas.

Os argentinos são agradáveis e desagradáveis, assim como os brasileiros. Mas no geral, fomos muito bem tratados, mesmo em época de Copa do Mundo.

E continuo afirmando: a cidade é linda e o clima de cidade é delicioso - não falo de temperatura pq morri de frio, mas sou do tipo que não gosta disso.

Quem puder, aproveite que as passagens de avião são baratas, a hospedagem tb e o peso está desvalorizado.

E por favor, não esqueçam de viajar com carteira de identidade ou passaporte. Só com carteira de motorista não é possível embarcar para países da América do Sul. :)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

(Im)perfeitos

Ela estava ansiosa pela sua primeira viagem internacional. Planejou por semanas. Perguntou, procurou, juntou informações, se confundiu.

Até que adoeceu um pouco antes. E duvidou um pouco antes. Mas também melhorou um pouco antes.

E quando tudo finalmente parecia perfeito, o caos tomou conta. E a incerteza voltou. E ela ficou ansiosa, preocupada, nervosa, histérica, triste..

Mesmo assim, diante dos erros, no dia dos erros, ela se viu explodindo de tanto amor.

No final desse dia, derrotados, voltando para casa no metrô, ela não conseguia desviar o olhar. E sentia uma felicidade tão imensa por tê-lo ali, que nem sequer conseguia desviar o tal olhar.

E finalmente conseguiram. Ela agarrou as mãos dele com toda a força presente nas suas pelo máximo de tempo que conseguiu. E juntos, partiram. E juntos, voltaram.


Dicas detalhadas e menos poéticas de Buenos Aires virão em seguida. :)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Alfajor

Vou ali e já volto.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Estômago dos infernos

Eu prefiro acreditar que quando tudo dá errado, é porque dará muito certo..

Ansiosa.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Narrativas sem fim

No início da semana assisti a uma aula de gêneros literários em um cursinho pré-vestibular no centrão de São Paulo.

Os professores ensinam de graça para alunos que só podem estudar à noite em um casarão caindo aos pedaços sem a menor infra-estrutura.

São pessoas de todas as idades, que provavelmente trabalharam o dia inteiro e, mesmo assim, vão pra lá, numa noite fria, para aprender. Porque querem tentar uma vaga em alguma universidade; porque querem ter mais conhecimento.

Eu sei que parece um discurso meio ingênuo, romântico e meio alienado, afinal, milhões e milhões de pessoas se sacrificam todos os dias pra botar comida na mesa, criar filhos, trabalhar, estudar.

Mas na correria do meu dia a dia, são pouquíssimas vezes que me deparo tão diretamente com essa realidade. E fico fascinada com a força de vontade. Do tipo que eu não sei se teria. Acho lindo, por mais difícil que seja.

Porque a busca pelo conhecimento é o princípio de tudo. Tudo. A partir daí você pode transformar a sua vida e a dos outros ao redor. Comecei a filosofar.

Também tenho pensado muito sobre minha vida e o que quero fazer dela. Talvez por isso tenha ficado tocada. Pelos objetivos, pelo foco, pela dedicação de alguns. Às vezes me sinto acomodada e estagnada. Às vezes não.

Só sei que saí do cursinho pensativa e orgulhosa do lindo professor que falou sobre o lirismo das palavras.